A esteatose hepática é o acúmulo de gordura no fígado, um problema bastante comum que pode causar dor no lado direito do abdômen, barriga inchada, enjoos, vômitos e mal-estar geral.
Graus de esteatose hepática
A esteatose hepática pode ser classificada em alguns graus:
Grau 1 (leve): há um leve acúmulo de gordura no fígado, o que, de forma geral, corresponde ao acometimento de cerca de 30% da células do fígado;
Grau 2 (moderada): há acúmulo moderado de gordura, de forma que até 60% das células do fígado estão afetadas;
Grau 3 (grave): há um grande acúmulo de gordura no fígado.
Os graus de esteatose hepática podem ser identificados inicialmente por meio da realização do ultrassom abdominal, porém são necessários outros exames para avaliar se há inflamação no fígado e a presença de lesões, por exemplo.
Os sintomas mais comuns de esteatose hepática são:
Dor no lado direito superior do abdômen;
Perda de peso sem explicação;
Cansaço e mal-estar geral;
Enjoos e vômitos.
É ainda normal que durante os primeiros estágios da doença não exista qualquer tipo de sintoma e, por isso, a esteatose hepática é muitas vezes descoberta acidentalmente através de exames para diagnosticar outras doenças.
Como confirmar o diagnóstico:
As alterações no fígado podem ser detectadas inicialmente através de um exame de sangue que avalia as substâncias produzidas por esse órgão. E, caso existam valores alterados, que indiquem que o fígado não está funcionando bem, o médico pode pedir exames complementares como o ultrassom, a tomografia, a elastografia hepática, ressonância magnética ou uma biópsia.
No entanto, é importante destacar que nem sempre a gordura no fígado causa alterações nos exames de sangue, o que pode atrasar o diagnóstico da doença até que o paciente faça uma ultrassonografia para investigar outros problemas.
As causas de gordura no fígado ainda não estão muito bem esclarecidas, no entanto o mecanismo que leva ao surgimento da doença é motivo de diversas pesquisas. Acredita-se que o acúmulo de gordura no fígado está relacionado com o desequilíbrio entre o consumo e síntese de gordura pelo corpo e sua utilização e eliminação. Esse desequilíbrio, pode estar relacionado com fatores genéticos, nutricionais e ambientais também.
Apesar das causas ainda não serem conhecidas, também pode aumentar quando há outros fatores de risco, como:
Consumo de bebida alcoólica
Obesidade;
Diabetes tipo 2;
Pressão alta;
Colesterol alto;
Idade superior a 50 anos;
Ser fumante;
Ter hipotireoidismo.
Além disso, a cirurgia bariátrica e outros procedimentos para emagrecer aumentam o risco de desenvolver gordura no fígado devido a alterações no metabolismo causadas pela perda rápida de peso. Porém, este problema também pode surgir em pessoas que não têm qualquer fator de risco, podendo até afetar crianças e mulheres grávidas.
Consulte seu médico e conte conosco caso ele solicitar o seu exame.